“Não sei se respondo ou se pergunto.
Sou uma voz que nasceu na penumbra do vazio.
Estou um pouco ébria e estou crescendo numa pedra.
Não tenho a sabedoria do mel ou a do vinho.
De súbito ergo-me como uma torre de sombra fulgurante.
A minha ebriedade é a da sede e a da chama.
Com esta pequena centelha quero incendiar o silêncio.
O que eu amo não sei. Amo em total abandono…”
António Ramos Rosa, excerto do poema “Uma voz na pedra”
“Rosa de Papel – uma flor para António Ramos Rosa”
Conceção coreográfica e interpretação de Luiz Antunes e Catarina Câmara
© fotografias: Magda Fernandes, 2006
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